sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Stone (2010)
Stone. Em inglês, pedra. Algo duro, frio e muitas vezes estático. O filme que vi na última quarta-feira é perturbante mas ao mesmo tempo libertador. O tema principal é o pecado, as suas consequências e a forma como vivemos para nos libertarmos do seu peso. É inevitável falar do filme e colocar várias perguntas, muitas delas sem resposta. Mas tudo bem. Há algo de tranquilizador em sentirmos que estamos a colocar as questões certas a nós mesmos.
Estaremos condenados a pecar? Pecamos porque nascemos com uma natureza pecadora ou pecamos e tornamo-nos inevitavelmente pecadores? Estará o conceito de pecado unicamente ligado à religião? Ou transportamos em nós, como Homens livres, a noção inata do que é o mal e o bem? Sim, muitas perguntas mas todas elas úteis para discutir.
A nossa relação connosco próprios, com os outros que nos são próximos e com a sociedade é definida pela forma como somos verdadeiros com o nosso eu. Aceitarmo-nos, na nossa condição de individuos capazes de fazer o mal e de fazer o bem, é o primeiro passo para a honestidade, para a plena absorção do mundo. Este filme é subtil e retrata as diferenças entre sermos verdadeiros e vivos e entre sermos pedras, frias e tristes. Ouçam e vejam esta história. Com promenor e com disponibilidade.
Gostei da realização do filme. Para mim, dá ênfase às emoções que trasparecem constantemente dos corpos e faces das personagens. A banda sonora é orgânica, cresce e desaparece com o que se vai passando no ecrã. O realizador é John Curran (realizador de 'Véu Pintado') e a longa metragem tem no elenco os excelentes Robert De Niro, Edward Norton e Milla Jovovich.
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