segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Encontros em Nova York (Please Give) - 2010



Um drama interessante. Apesar de um pouco parado, gostei de ver o filme, pela sua simplicidade, pelos seus momentos de silêncio profundos que nos fazem pensar na vida… na nossa e na dos outros, como podem ser tão distintas e até que ponto os nossos momentos emocionais podem contribuir para a nossa felicidade. E a dos outros.

A vida de um casal, já com uma filha de 16 anos. Na crise de identidade e com os problemas próprios de uma “teenager”, e de que forma o pai e a mãe reagem a essa crise. Sendo filha, mas tendo quase tudo o que necessita, até que ponto devemos continuar a satisfaze-la com futilidades em vez de dar aos outros. Ser voluntário e dar a quem mais necessita? Ser ambicioso e querer mais negócios na vida, cujo sucesso depende da morte dos outros?

Uma avó… tratada por duas netas já “na casa” dos 30 anos cujos objectivos de vida são completamente antagónicos. Uma que é linda, é um modelo de mulher, bonita e que vive de futilidades, a vida para ela gira em torno da beleza, da moda, da beldade do corpo, mas a vida sentimental é feita de “flirts”, sem qualquer objectivo.

A outra, não tão bonita, e inexperiente de amores, dedica-se muito ao trabalho numa clínica onde o cancro da mama é muito frequente, e dá permanentemente palavras de apoio a muitas dessas mulheres que “andam sobre um fio” entre a vida e a morte. Tenta compreender a avó, que previsivelmente também não durará muito mais, mas a teimosia e arrogância próprias de uma mulher com mais 80 anos exigem muito carinho e compreensão.

O acaso leva esta neta a encontrar alguém de quem gosta e cujos sentimentos são genuínos indo contra o socialmente correcto na disparidade física entre casais.

Enfim, um conjunto de características, comportamentos e atitudes que se misturam em Nova York e onde as palavras “família”, “relações”, “ futilidade”, “preconceitos”,” traição”, “amizade”, “amor” são cruzadas e formam um jogo complexo, próprio das nossas vidas, que com a velocidade do tempo, nos passam ao lado e não damos por elas.

A capa do filme mostra um coração a doar sangue… mas há muitas outras formas de “dar sangue”. Estamos próximos do Natal, aproveitemos esta fase do ano para pensar sobre as palavras “voluntariado”, “doar” e “amar” Podem ser boas prendas.

Quem gosta de dramas, veja este filme!

1 comentário:

  1. Um filme que sem dúvida quero ver. Tem sentimentos e emoções que dão sentido às nossas vidas. Obrigado pelo texto. :)

    ResponderEliminar