terça-feira, 8 de março de 2011

'15 filmes da minha vida' - Nº10 - Match Point (2005)



O filme começa com uma cena de um jogo de ténis, onde, normalmente, a bola é atirada de um lado para o outro do campo… numa dessas jogadas, a bola bate na rede e a imagem para… a bola tanto pode cair para um lado, como para o outro lado do campo!! Quem decidirá para que lado ela irá cair? Quem será o ganhador e o perdedor? Serão a sorte e o azar os decisores?

É um filme de Woddy Allen, onde o principal papel é atribuído a Jonathan Rhys Meyers, contracenando com Emily Mortimer e Scarlett Johansson (para mim das actrizes mais bonitas e sensuais da actualidade). Chris Wilton, um professor de ténis, irlandês, decide vir para Londres em busca de uma vida melhor… A ambição fá-lo perseguir a riqueza, e acaba por ver-se envolvido e integrado numa família rica, que lhe dá tudo o que a luxúria lhe pode oferecer… riqueza, estabilidade profissional e um futuro muito promissor e uma esposa - Chloe Hewett Wilton.

Entretanto a felicidade desse ex-professor de ténis não é completa. Sente-se emocionalmente insatisfeito, acaba por não conseguir resistir à beleza de Nola Rice, levando-o a uma vida dupla carregada de hipocrisia, de omissão e mentira. Não consegue abdicar de uma das duas coisas que considera fundamentais para a vida – A Riqueza ou Amor.

A amante era americana e pretendia ser actriz, representar… mas com o andamento do filme, quem tem todas as potencialidades para ser um bom actor é o ex-professor de ténis. Pela forma como consegue “representar” nos vários “palcos” que a vida lhe vai reservando: a sua casa, mulher, família e o quarto da sua amante.

Sempre temos de fazer escolhas na vida… escolhas que por vezes são difíceis, mas na maioria das vezes, procuramos ser sempre nós a trilhar o nosso caminho, e, certas ou erradas as nossas decisões são tomadas.
Perto do final do filme, Chris Wilton, toma a decisão sobre o que deve abdicar na vida: O amor, ou a riqueza. Esta decisão é tomada de uma forma surpreendente e pouco ortodoxa, mas própria de alguém cuja ambição não olha aos meios para atingir os fins.

Também já quase no final do filme, o actor principal atira um anel para o Tamisa… e tal como no início, são a sorte e o azar que escolhem para que lado do limbo o anel deve cair…se vai parar ao rio ou se continuará do lado do actor. E de que forma um simples anel pode traçar o destino de alguém.

É um filme que nos faz pensar se a sorte o azar existem mesmo! Quem os cria, quem escolhe qual deles prevalece…no fundo, se alguém decide o nosso futuro.

Um filme como eu gosto – com um final surpreendente, que ninguém estava à espera. Para além do excelente argumento do filme, acresce o facto de poder rever a linda cidade de Londres e ouvir o inglês na sua genuidade… o british accent!

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