segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Cela 211 (Celda 211) - 2010




Este filme de realização espanhola (Daniel Monzón), é uma demonstração de algumas realidades que se passam dentro das prisões. O cenário é uma prisão espanhola, mas podia ser qualquer uma, inclusive em Portugal.

Um homem (Alberto Ammann), que a curto prazo irá ser pai, é recrutado para guarda prisional. Um dia antes do seu início de trabalho solícita aos chefes do estabelecimento prisional ir visitar a prisão, para começar a compreender, ambientar-se e aceitar o que o seu novo trabalho lhe reserva.

Justamente nesse dia, existe uma emboscada planeada para a realização de um motim. Enquanto o actor “passeava” pela prisão, a conhecer o seu futuro posto de trabalho, é atingido por um forte objecto que ao acertar-lhe em cheio na cabeça o deixa inconsciente. Quem o acompanhava, rapidamente decide leva-lo à enfermaria, mas como este estava inconsciente decidem deixa-lo numa cela que estava vazia e ir buscar ajuda. A cela em que ele é colocado é a Cela 211.

Os guardas que foram em busca de ajuda, não voltaram mais. É iniciada uma rebelião na cadeia. Os reclusos conseguem as chaves das celas e invadem-se, ficando confinados ao espaço do estabelecimento prisional.

Qual vai ser a reacção do suposto futuro novo guarda prisional? Vai fazer passar-se por um recluso! Mas e todas as coisas que traz consigo (telemóvel, cinto, anel, etc), a sua boa aparência, não irão levantar fortes suspeitas? Acreditarão os restantes reclusos que este é apenas mais 1 preso?

Diz o ditado “Se não consegues vence-los junta-te a eles”, conseguirá o personagem principal juntar-se a eles? Que terá de fazer e como o poderá fazer?

No estabelecimento prisional encontram-se também, em lugares diferentes, membros da organização terrorista ETA que poderão ser cartas de troca, factores de negociação. Como irão proceder os restantes presos liderados por Malamadre (Luis Tosar). Se isso se torna público, pode levar a ataques de terrorismo. As autoridades tentam a todo o custo manter o anonimato dos etarras.

As redes televisivas dão grande enfoque ao acontecimento e inevitavelmente, a mulher do novo guarda prisional assiste a tudo na TV e entra em pânico… Grávida de 6 meses, envolve-se nas multidões que querem reencontrar os seus familiares. Mas a policia, dar-lhe-á o apoio e a protecção sabendo que tem “culpa no cartório” por ter ficado lá dentro o pai da criança? Ou pelo contrário, não lhe darão qualquer atenção?

Membros do governo, membros das policias, directores e chefias prisionais, negociadores, os GOE… conseguirão chegar a acordo com os presos, tendo a situação completamente fora de controlo e o fantasma da ETA a pairar?

Um meu comentário a um filme composto essencialmente por perguntas! Com estas perguntas dá para perceber o interesse que o filme pode suscitar. Levanto um pouco o véu com outro provérbio “ Junta-te aos bons e serás como eles; junta-te aos maus e serás pior que eles”.

Gostei do filme e aconselho a ver, quem goste de um bom filme de acção, drama, suspense. Algumas partes do filme fazem-me lembrar certas cenas de uma serie que adorei - Prision Break.

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