terça-feira, 28 de dezembro de 2010

As Vidas dos Outros (Das Leben der Anderen) - 2006




Estava” numa onda” de filmes estrangeiros, e tenho andado a ver os que ganharam o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Desta vez fui ver o vencedor desse Oscar no ano de 2007 - “A Vida dos Outros” (Das Leben der Anderen)

A cena passa-se na Alemanha Oriental, antes da queda do Muro de Berlim, onde o Socialismo era levado aos extremos e imperava um regime político muito complicado que limitava a liberdade de expressão, nas suas diversas formas, tornando-a muito controlada.

Fez-me lembrar a PIDE em Portugal antes do 25 de Abril.

O controlo do Estado verificava-se em todas as áreas, inclusive nas artes. Alguém se escrevia um livro e o queria publicar, este tinha de ser sujeito à censura do estado.

A cena do filme gira à volta de um encenador Georg Dreyman (Sebastian Kock) e e uma actriz Christa-Maria Sieland (Martina Gedeck).

Um Ministro envolve-se com a actriz estando ela a viver junta com o encenador. A STASI (Policia Secreta do Estado), suspeita fortemente que este anda a escrever obras/peças censuráveis, decide investiga-lo e põe-lhe a casa sob escuta 24 horas por dia.

Um Agente Secreto (Ulrich Muhe) da STASI, com uma personalidade de “ferro”, fica encarregue dessa operação e vai começando a conhecer o(s) personagem(s) principais. A primeira imagem que o agente transparece logo no princípio do filme é a de um homem extremista, rígido, severo, torturador, etc. Esta imagem durante o filme parece inabalável, mas mais para o final descobre-se que nem tudo é o que parece e que por detrás da imagem de uma pessoa destas pode estar uma personalidade muito diferente daquela que imaginamos.

Nesta missão que lhe é confiada, o agente secreto põe em causa toda a sua carreira, e tenta “tapar” os olhos a muitas das cenas que observa enquanto espião, consciente das injustiças poderão ser feitas àqueles a quem ele espia.

Não comento mais, pois o principal e mais empolgante desenrolasse mais para o final e tinha de contar pormenores que estragam a surpresa a quem quer ver o filme.

O adiantar da hora a que vi o filme, e algumas partes demasiado paradas, quase me fizeram desligar a TV. Em alguns momentos o filme parece cair no rotineiro e desinteressante, mas mais para o final, o interesse aumenta bastante e apercebemos-nos que realmente valeu muito a pena não ter carregado no STOP do comando.

Não é um típico happy-end, pelo contrário, mas é um final surpreendente e muito bem conseguido.

Vejam!

1 comentário:

  1. E conseguiste manter o final do filme oculto! eheh Agora a sério, o que escreveste sugere realmente um final revelador.

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