sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Contraluz (2010)





Há uns meses fui ver um filme que me marcou e sob o qual fiquei de escrever aqui um comentário! Um filme cujo trailer já tinha visto várias vezes e que era sempre precedido por uma mensagem de António Feio (já na recta final da sua vida), onde ele dizia “Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros apreciem cada momento, agradeçam e não deixem nada por dizer”! Ao ver o filme estas palavras fazem sentido…


Falo do filme “Contraluz”. O filme baseia-se num conjunto várias histórias de vida cujo destino, se encarrega de as cruzar: um homem a querer acabar com a sua vida, uma adolescente que ouve diariamente uma palavra de um telemóvel e essa palavra poderá ser causa de uma morte, uma mulher cujos seus dias caíram na rotina de conduzir um reboque, um homem alérgico a latex...entre outras vidas! cada uma com a sua particularidade.

O argumento do filme faz-nos constatar que não estamos sozinhos no mundo e que precisamos uns dos outros. Certos gestos e atitudes podem-nos salvar a vida ou a vida de outros que desconhecemos.

O destino exige a nossa presença em determinadas situações, por razões muito fortes como a própria vida. A nossa vida é apenas um fio de uma gigantesca teia onde nos cruzamos, em encontros e desencontros, com milhares de outras vidas e onde determinado acto ou gesto pode ter consequências gigantescas.

A grande maioria das vezes, não damos conta disso porque vivemos toda a nossa vida em Contraluz!!!

Quando estamos mal na vida o que há a fazer é escutar o nosso GPS: “Please make a new turn, you are on the wrong course to your destination”.

Um bom filme onde Joaquim de Almeida reitera as suas qualidades de actor e Fernando Fragata mostra a Hollywood que também sabemos realizar bons filmes.

Realço ainda a banda sonora, particularmente a musica final: Santos e Pecadores - Tela.

1 comentário:

  1. O destino acontece. A nós, resta-nos assistir à sua realização. Poderemos nós intervir no seu curso? Que escolhas nos restam?

    Não vi o filme mas escolho vê-lo.
    Abraço

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