terça-feira, 23 de março de 2010

Lembra-te de Mim (2010)


Este fim de semana fui ao cinema. Gosto de filmes, passem onde passem, sejam eles vistos no sofá, na cama ou ao ar livre. Mas nos últimos tempos, tenho dado primazia ao cinema visto num anfiteatro. Deslocar-me para ver um filme, talvez um jantar prévio e... o melhor de tudo, eu estar no meio da escuridão, apenas com a tela brilhante na minha linha de visão. Tudo isto tem alimentado o meu lado ritualista e tem proporcionado aos meus sentidos experiências que marcam.
'Lembra-te de Mim'. Esta frase apelativa dava título à história a que assisti no sábado. O filme passa-se completamente mergulhado no tema família. Filhos e pais que procuram montar as peças do puzzle das suas vidas. Estão lá temas como o divórcio, a parentalidade, a ausência, o suicídio, a esperança e o amor. O filme contém vários sentimentos que pertencem às diversas pessoas que habitam o filme e que funcionam como afluentes do rio principal, ou seja, Tyler, a personagem interpretada por Robert Pattinson (um dos actores principais da saga 'Luz e Escuridão'). No filme estão representadas as muitas situações em que uma pessoa se pode ver a sofrer. Fruto do acaso (veja-se a parte final que nos atinje com a força de uma bala...), das circunstâncias ou das más decisões. Mas está também lá a imagem da força da capacidade de decisão, do dizer sim às boas coisas da vida, as consequências de estar presente por oposição a estar ausente, o sim ao amor.
É curioso que não conhecia praticamente nada acerca deste filme e que, sendo assim, as minha expectativas eram quase inexistentes. Acabei por fim a sair da sala com uma das melhores sensações que podem existir depois de assistir a um filme: uma agitação no peito que tanto nos desiquilibra como nos reconforta.

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