Amo a música. Sem sairmos do lugar,
ela consegue levar-nos a lugares onde já estivemos ou que gostaríamos de estar…
recorda-nos momentos bons e menos bons, aviva-nos a memória e faz-nos pensar em
pessoas, coisas, fragmentos da nossa vida!
"Once-Apenas Uma Vez" é um filme musical e confesso
que filmes musicais, associo-os ao recente “Mama mia” realizado com música
muito comercial, com letras “cliché”…É dos tais filmes onde se vê claramente
que o argumento é “fabricado” para encaixar nas músicas já feitas…roubando
genialidade ao filme.
Neste caso, não é essa a ideia que
passa. Os belos momentos que a pelicula oferece fazem com que a música
abrilhante ainda mais o argumento e se transforme num desenrolar de
sentimentos.
Um Rapaz ( Glen Hansard), vive com
o seu pai, amarrado a um grande amor do passado… ele em Dublin ela em Londres
separados por uma traição! Apesar da distância física, o seu coração traído
persiste em continuar amarrado a essa pessoa. Para além de trabalhar na loja de
aspiradores com o seu pai, toca musicas originais na rua para ganhar mais uns
”trocos”.
Nessa mesma rua, uma rapariga
(Marketa Irglova), vende flores. Vinda da República Checa, vive com a sua mãe e
com a sua filha de 3 anos. Também ela com um passado amoroso complicado.
Engravidou e casou por obrigação, para cumprir os estereótipos familiar e social.
As coisas não funcionaram e veio viver para Dublin, carregando com ela aquele
amor passado.
Os 2 personagens começam a
aproximarem-se e um aspirador é o mote para começarem a sair :-)…
ele sempre com a sua guitarra e ela com o seu gosto por piano, vão-se
conhecendo devagar e através de melodias das suas letras, vão metaforizando as
suas vidas e vão criando laços muitos fortes. O que convencionalmente se chama
de amizade, no filme ultrapassa esse patamar e já se pode chamar de amor… a música vai aproximando os 2 corações ainda
amarrados ao passado!
É daqueles filmes que (como eu
gosto) lança perguntas e espalha dúvidas no decorrer e no fim da história. Será
que ambos vão conseguir voltar às suas antigas caras-metades? Será que vale a
pena? Será que a felicidade de cada um não está na “melodia” que se vive no momento
com outra pessoa? Algumas decisões no fim do filme podem levar a responder a
estas perguntas… ou não!!
Uma pintora profissional (N.G. ) disse-me
recentemente que… para interpretar uma pintura, devemos abstrair-nos de todas
nossas ideias pré-concebidas e criar novas a partir do que vemos… é isso que
proponho a quem vir este filme!
Realço ainda os cenários… para além
das ruas e ruelas de Dublin, “Once” brinda-nos com paisagens naturais que
qualquer camara fotográfica gostaria de captar!
Deixo aqui uma das principais músicas...“Fallinf slowly”! Tanto a música como o poema são magníficos.
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ResponderEliminarTank you...we dont have been work on it, but we really shoud! Thanks anyway
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