segunda-feira, 18 de julho de 2011

Biutiful (2010)



Barcelona é uma cidade linda, merecedora de ser visitada e revisitada, mas, como todas, tem a sua parte degradante, pobreza e miséria! É nestes meandros que este filme se desenrola. Um homem (Javier Bardam), com um cancro que lhe está a por fim à vida… sabe que não irá durar muito mais, mas não quer acreditar que isso pode ser verdade, e isso incita-o a preocupar-se com aqueles que o rodeiam e os quais ele mais ama – principalmente os seus 2 filhos.

Diz conseguir contactar com mortos que acabam de “partir” e vive num submundo onde trabalhando com comunidades chinesas e senegalesas convive com a contrafacção e a venda clandestina. Assiste, revoltado, à exploração da mão-de-obra, que roça a escravatura e procura ajuda-los, mas o destino trai-o, aumentando as suas angústias e acaba por matar uma comunidade desses chineses.

Detentor da custódia das crianças, em prol de uma mãe ausente, entregue ao álcool, drogas e uma vida boémia. As contingências dessa situação entregam-no mais ao desespero levam-no buscar alguma alegria nas suas crianças.



São estas as circunstâncias do drama que este homem atravessa e que mesmo com a saúde a degradar-se a “passos largos” e morte a querer bater-lhe à porta, tenta a todo o custo resistir a esta dura vida.É apenas uma breve descrição da envolvente do filme que vale pela genuinidade daquilo que são muitas das famílias, não só espanholas, mas de todo o mundo.

O início e o fim do filme são semelhantes… a morte a chamar o personagem principal.
O significado do título do filme – “Biutiful”, é uma cena que remonta para uma parte do filme onde a filha lhe pergunta se a palavra se esta palavra está bem escrita, e ele, na sua ignorância, lhe diz que sim! É esta imperfeição que é mostrada… a palavra é apenas um símbolo do enredo da película.

Também vi o filme “O Discurso do Rei”, e na minha opinião, acho que Javier Bardam esteve melhor na representação que Colin Firth. Ainda não vi o filme vencedor de Melhor Filme Estrangeiro (“In a Better World”), mas a estatueta não era mal entregue ao filme “Biutiful”.

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